eu sei, eu sei

às vezes é difícil se decidir, resolver, escolher - até mesmo saber o que fazer a seguir

eu sei

Acontece que às vezes, nossas mentes inquietas e ansiosas não nos dão espaço para digerir, pensar, organizar, elaborar. E aí é que a 'coisa' se embola. Então, eu afirmo: é mais simples do que você vê. É mais simples do que parece ser, é mais simples do que você percebe nesse momento.

Aí tem outra coisa:

Nós, culturalmente, tendemos a interpretar simplicidade com facilidade. Mas isso não é a realidade. Nem sempre o que é simples é fácil e não é porque é mais difícil que é mais complexo.

Então, a primeira coisa a se fazer é entender que pode até ser difícil, mas é simples.

A segunda é criar um mecanismo de lembrete de respirar entre um pensamento e outro, entre uma decisão ou outra, entre um acontecimento e outro acontecimento - sim, eu sei que se você está viva você está respirando - mas me refiro à percepção dessa respiração, a deixar o ar entrar inclusive para raciocinar e compreender o que se sente ou qual decisão tomar.

O que quero dizer com tudo isso é que quando sentimos ansiedade, quando não respiramos, quando não damos tempo aos nossos sentimentos, as coisas se tornam mais complicadas, fazendo com que a simplicidade dos fatos nos escape. Pensa: quando você está esbaforida, não fica mais difícil de tomar uma decisão? ou quando você tem uma angústia imensa no peito, as coisas não ficam mais e mais confusas? é sobre isso que eu estou falando.

Minha sugestão é: antes de decidir que algo é complicado demais ou difícil demais, pondere. Respire fundo. Se precisar (e puder) tire um cochilo para acomodar "isso" dentro de você e só depois você toma a decisão.

Então, perguntamos ao Dôdu (o gato que ama livros e diz que as coisas são simples): como podemos criar resoluções para as coisas? 

Aí o Dôdu responde: é simples, mas que requer prática.

A forma do Dôdu resolver as coisas é bastante objetiva - o que já adianta muita coisa, aqui vão algumas dicas:

1. Respire fundo, grande, longo. E Respirar prestando atenção na respiração e permitindo que o ar passeie por todo seu corpo. Enquanto você oxigena o corpo, você também está oxigenando as ideias e abrindo novos espaços para soluções.

2.  Separe as ideias / situação / sentimentos / o que precisa de resolução em camadas. Olhe para as camadas mais externas. Olhe para as camadas internas. A ideia é que você perceba seu problema em partes, para entender de fato qual é o centro do problema, qual é o real problema.

3. Corte excessos. muitas vezes são somente formas de distração para que o real problema não seja acessado.

4. Encare de frente - geralmente é aqui que a gente "engata". Encarar a situação de frente requer vontade, comprometimento e maturidade. E na realidade, esta é a coisa mais importante de todas afinal de contas, nem sempre queremos ver qual é o real problema que precisa de resolução.

Ao acessar a essência do problema / situação, você conseguirá entender o que precisa ser feito e assim seguir em frente. Lembre-se encarar de frente geralmente já é "meio caminho andado" para a resolução.

É simples.